Imagem artística abstrata com símbolos de resistência, livros e padrões culturais, representando pensadores negros e sua influência no mundo.

Pensadores Negros que Transformaram o Mundo

Neste mês, destacamos cinco pensadores negros cujas obras mudaram profundamente nossa compreensão sobre poder, raça, gênero e identidade. Suas teorias abrangem desde críticas ao colonialismo e à interseccionalidade de opressões até a celebração da resistência cultural. Esses intelectuais continuam a inspirar e orientar movimentos ao redor do mundo.

A Luta pela Interseccionalidade e Liberdade

bell hooks (1952–2021)

https://www.brasildefato.com.br/2021/12/15/morre-bell-hooks-escritora-e-um-dos-maiores-nomes-do-feminismo-negro

Foi uma teórica feminista, autora e ativista cultural dos EUA, que escreveu extensivamente sobre a intersecção entre raça, classe e gênero. Em suas obras Ain’t I a Woman? e All About Love, hooks criticava a opressão interseccional e a violência sistêmica, ao mesmo tempo que explorava o amor como uma força revolucionária. Suas críticas ao feminismo branco e ao racismo estrutural influenciam até hoje.

2. Frantz Fanon (1925–1961)

https://revistacult.uol.com.br/home/virada-descolonial-da-psicose-frantz-fanon-inventor-da-esquizoanalise/

Psiquiatra e filósofo franco-caribenho, é amplamente reconhecido por sua análise do colonialismo e racismo. Em Pele Negra, Máscaras Brancas e Os Condenados da Terra, Fanon discutiu os efeitos psicológicos da colonização, revelando como o racismo internalizado destrói a psique dos povos oprimidos. Ele também explorou a violência como uma resposta à desumanização colonial, oferecendo uma visão poderosa das lutas anticoloniais e antirracistas.

Recontando Nossas Histórias

3. Grada Kilomba (1968–)

https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2019/04/01/flip-2019-anuncia-grada-kilomba-autora-de-memorias-da-plantacao-episodios-do-racismo-cotidiano.ghtml

Escritora, teórica interdisciplinar e artista portuguesa de origem africana, examina em seus trabalhos questões como racismo, gênero, trauma e identidade. Sua obra mais conhecida, Memórias da Plantação: Episódios de Racismo Cotidiano, aborda o conceito de “memórias silenciadas” das diásporas africanas, destacando o impacto do racismo cotidiano. Kilomba utiliza sua escrita e performances para resgatar histórias distorcidas pela narrativa colonial.

4. Angela Davis (1944–)

https://revistacult.uol.com.br/home/angela-davis-no-brasil/

É uma acadêmica, ativista política e autora norte-americana. Conhecida por sua luta pelos direitos civis, abolição das prisões e feminismo negro, Davis desafia a sociedade a imaginar um novo conceito de justiça. Em suas obras Mulheres, Raça e Classe e Are Prisons Obsolete?, ela analisa como raça, gênero e classe se entrelaçam, além de criticar o complexo industrial prisional, defendendo uma visão transformadora de justiça.

A Escrita que Transforma

5. Conceição Evaristo (1946–)

https://www.brasildefatorj.com.br/2023/07/26/projeto-de-conceicao-evaristo-casa-escrevivencia-e-inaugurada-no-rio-de-janerio

É uma escritora, ensaísta e poeta brasileira, uma das vozes mais proeminentes da literatura afro-brasileira contemporânea. Em livros como Ponciá Vicêncio e Olhos D’Água, Conceição aborda a vivência das mulheres negras e o racismo estrutural no Brasil. Seu conceito de “escrevivência” reforça que sua escrita é uma extensão de suas vivências enquanto mulher negra, conectando o leitor à realidade das mulheres marginalizadas.

Esses pensadores continuam a moldar nossa compreensão sobre as lutas sociais e identidades complexas dentro dos sistemas de opressão. Ao explorarmos suas obras, refletimos sobre a necessidade de transformar nossas sociedades e a nós mesmos.

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